Um dos nomes mais pesquisados no Google, o Melasma é também um dos mais citados nos consultórios de dermatologia por pacientes em busca de uma pele mais saudável .

Uma pele livre de manchas é o sonho de qualquer pessoa. E, claro, essa é uma das principais buscas por quem procura por tratamento dermatológico por clínicas Brasil afora. A boa notícia é que o problema – que surge no rosto por causas variadas, como disfunções hormonais à predisposições genéticas – tem solução. 

“Trata-se de um dos problemas de pele mais comuns entre nós brasileiros, principalmente em mulheres em idade fértil e também pode afetar os homens. É uma doença determinada parcialmente pela genética e potencializada pela exposição ao sol”, diz Erasmo Tokarski.

A pele passa por transformações à medida que envelhecemos e é comum que as manchas apareçam com o tempo. No caso do melasma, as manchas são crônicas, ou seja, podem durar toda a vida e reaparecerem mesmo depois de terem sumido espontaneamente.

O que é o melasma? 

O melasma é um tipo de mancha escura na pele, que normalmente aparece no rosto, mas que também pode ocorrer em outras áreas expostas ao sol, como braços e colo. É uma condição mais comum em mulheres, mas pode interferir também na vida dos homens. 

“Existe um mito de que o melasma só aparece em mulheres grávidas, no entanto, apesar de ser mais comum nesse período, ele pode se desenvolver em diversas fases e, em casos mais raros, também nos homens. É mais comum que as manchas surjam entre os 20 e 40 anos de idade, quando as mulheres têm mais hormônios sexuais, mas isso não impede que o melasma só se desenvolva mais tarde. Além disso, por se tratar de uma doença crônica, uma pessoa que teve melasma na juventude provavelmente terá que lidar com ele após a menopausa”, explica o dermatologista.

O que causa o melasma? 

O médico explica que o melasma ocorre porque as células produtoras de pigmento passam a ter um excesso de atividade por estarem hiperestimuladas pela luz do sol, pela luz visível ou ainda uma inflamação. Apesar de ser potencializado pelos raios solares, é uma doença determinada parcialmente pela genética, ou seja, é uma tendência familiar. 

“Os hormônios femininos são facilitadores desta pigmentação. Porém, o calor e o sol são gatilhos, ou seja, mesmo que um indivíduo tenha tendência genética, se sofrer pouca exposição ao sol ou calor, dificilmente desencadeará um quadro de melasma”. 

Como é feito o diagnóstico do melasma? 

O diagnóstico é clínico, ou seja, é feito pelo dermatologista com base na história clínica, familiar e por meio de um exame físico, onde o médico observa as manchas e suas características. Por vezes, o melasma pode ser confundido com hiperpigmentação pós-inflamatória, ocronose, lêntigos solares ou raramente com o lêntigo maligno (uma variante de melanoma).

Como prevenir o melasma? 

Para a prevenção do melasma, o dermatologista enfatiza o uso do protetor solar nas áreas continuamente expostas ao sol, onde as manchas costumam se manifestar. 

“Não basta aplicar protetor apenas ao se expor ao sol da praia ou piscina, mas também o sol do dia a dia, inclusive o sol que passa pela janela do carro ou de casa e vai gradativamente danificando as células que, no futuro, vão sofrer alterações e dar origem às manchas.” 

Ele recomenda aplicar o filtro solar no mínimo uma vez ao dia para quem fica em ambientes fechados e duas vezes para quem sai na rua ou anda de carro, já quando há transpiração excessiva, o filtro deve ser reaplicado de duas em duas horas.

Quais são os tipos e como são feitos os tratamentos contra o melasma? 

Existem diversos tratamentos que ajudam a amenizar as manchas. Erasmo Tokarski explica que, acima de tudo, o paciente precisa estar ciente de que a exposição solar deve ser evitada durante o processo. Há também casos de regressão espontânea das manchas, mas é mais raro e pode acontecer em mulheres após a gestação.

“O filtro solar deve ser uma tônica constante na vida deste paciente. Vemos assim que o processo educativo nestes casos tem tanta importância quanto o tratamento, nada adiantando alimentar o nosso paciente com expectativas pouco reais sobre as chances de repigmentação das lesões após o tratamento se o mesmo não usar corretamente o filtro solar”, alerta Erasmo Tokarski.


Image